Geralmente, as pessoas que estão no Trabalho de G.
questionam sobre o que devem mudar nelas mesmas.
O Trabalho não exige nem pede nada neste sentido. O comportamento das pessoas de fora do Trabalho tem a mudança como um
tipo de melhoria, mas nós não buscamos mudar nada, nem em nós mesmos nem nas outras
pessoas.
O quarto caminho é um trabalho sobre si mesmo, interior e não exterior. O que
aparece exteriormente é apenas uma pequena parte, um simples reflexo daquilo
que estamos fazendo dentro de nós mesmos. Por este motivo não há desculpas para que alguma coisa esteja atrapalhando o nosso sistema de observações pois o objetivo não é mudar nada, visto que não sabemos o que é melhor numa
determinada mudança de hábito, como por exemplo : comer muito, fumar, dormir
mais de oito horas, etc.
Ao despertar de manhã já temos uma oportunidade de
fazer a observação sobre nós mesmos, desde a nossa fantasia dentro da cabeça
até a sensação do despertar e ao se locomover para sair da cama já se pode
iniciar os exercícios que conhecemos. A soma dos exercícios nada mais é do que
essa forma de se usar o conhecimento deles em momentos oportunos, desde os
passos que damos até os movimentos que fazemos ou mesmo durante uma conversa ou
a sentarmos diante de uma tv.
Se dermos um grau para cada tipo de esforço, podemos
dizer que essa pessoa é
- 1º grau quando faz os exercícios esporadicamente, quando se lembra dele em determinado momento, mas pode apenas lembrar do exercício e não fazê-lo.
- 2º grau é quando toda vez que lembrar dele conseguir fazê-lo durante o dia.
- 3º grau será a pessoa que não passa um dia sem fazer um tipo de exercício.
- 4º e 5º grau consegue fazer os exercícios várias vezes ao dia.
- 6º e 7º grau podemos dizer que é a pessoa que raramente fica sem fazer os exercícios durante um dia, desde a hora que levanta até adormecer.
Existem até 18 graus a nível de trabalho sobre si, e
cada um deles é um tipo de capacidade que a pessoa possui. Até o sétimo grau é
apenas esforço externo com os exercícios e a partir do oitavo é um trabalho a
nível de observação e atitude fora dessa realidade comum a todos. O décimo
oitavo grau já possui o segundo corpo que é o astral. Este grau é também
conhecido como grau Cavaleiro rosa-cruz
e nós chamaremos de grau de Rosa, que é o homem com a consciência de si
cristalizada.
Os exercícios nos proporcionam uma quantidade de
energia que se transforma em consciência e quanto mais tempo dedicamos aos
exercícios, mais consciência adquirimos. A medida do nível de compreensão e a
quantidade de esforço do Trabalho são indicadas pela dedicação na prática do dia a
dia, com a quantidade de energia armazenada. Esse tipo de esforço que se transforma
em consciência, ajuda a pessoa a Ter força para a continuidade do trabalho
sobre si e a leva a se manter desperta em situações adversas que antes de se ter um pouco mais de consciência ela não teria forças para se auto observar. Isto não somente permanece em qualquer momento da vida diária, como também na
realidade do mundo dos sonhos, ou do
mundo astral, indicando que o grau é também o nível de ser do homem do
trabalho.
Os exercícios que fazemos ou aqueles que não
conseguimos fazer, mesmo tentando ou os momentos que flagramos nossas fraquezas,
isto é, aquilo que achamos sermos capazes mas, na hora constatamos que não
somos capazes, podemos considerar estes momentos como um despertar para a
realidade do sonho em que vivíamos,
quando tudo que hoje temos como compreensão é também consciência de si.
É fácil entendermos o que é consciência se usarmos
comparações de atitudes de pessoas entre si, tanto durante um esforço coletivo
de trabalho, como também fora de nossas atividades. Vou dar um exemplo que aconteceu
comigo e as pessoas que me cercam desde alunos, família e amigos: há anos
atrás como era a minha vida? Na hora do almoço bebia uma caipirinha ou
cerveja e após a refeição um licor e assim foi durante anos em minha vida
normal. Até que, observando imparcialmente, comecei a estudar o que é melhor
para minha vida e deixar de lado a bebida alcoólica, a hipocrisia e fetiches de
fingimento de amigos e familiares, e etc.
Comecei a me dedicar inteiramente ao Trabalho, e o
mundo de fora dele começou a me achar estranho, anti-social e etc, exigindo
minha presença e apoio, para a vida de ilusões e sonhos em que vivem. O acordar passou a ser uma ofensa para a vida
deles e assim pude verificar que o nosso comportamento é totalmente diferente
daqueles que não querem o trabalho e não pensam que estão dormindo.
Por isso digo que o trabalho é um esforço daquele que
caminha só, pois os amigos que estão no trabalho lutam contra a força colossal
do mundo, que existe para nos fazer dormir. Somente queremos controlar e traçar
nosso próprio destino e não caminhar para o sono da vida comum. Despertar, acordar, para o destino do homem completo, com todos os corpos que seja capaz de formar com seu próprio esforço, junto daqueles que possuem o
mesmo objetivo, que é conhecer a máquina que possuímos (corpo) para poder
usá-la como armazenadora de energia superior.
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