O homem é como uma máquina que possui três cérebros. Ele se
engana quando julga a si mesmo com base naquilo que pensa ou sente, pois estes raramente acontecem. Normalmente, dentro da cabeça do homem, existe 80% de
fantasia e 20% de distração, e quando lhe é solicitado um
pensamento, ele se atrapalha e não sabe o que fazer, dando uma desculpa.
Vamos dar um exemplo: uma pessoa está esperando um ônibus no ponto. Dentro de
sua cabeça ele está fantasiando o que vai fazer quando chegar no serviço, pois
nada daquilo realmente vai acontecer. As circunstâncias vão acontecendo e
dentro de suas próprias fantasias ele vai agindo de acordo com as consequências
de fatores externos que o conduzem a cumprimentar pessoas, sentar no seu
serviço, comer, até voltar para casa,
sem necessidade nenhuma de esforço do centro intelectual e muito menos do
emocional. Não querendo dizer que estes centros não estão funcionando. Eles
estão, mas de forma completamente mecânica e sem objetivos conscientes. Ao se
lembrar que tem que pegar uma caneta para escrever, simplesmente levanta e vai
pegar, e se encontrar um amigo no caminho, sorrirá e passará por ele sem nenhuma
atenção, não há necessidade disso. Se ele passar por uma pessoa que não goste,
fingirá que não a vê, e dentro de seus sentimentos tudo mecanicamente continua
acontecendo, e assim a vida vai passando.
Nós temos que nos observar para perceber que os nossos
sentimentos existem por si, não dependem de nada em nosso interior para a sua existência, mas para
termos possibilidade de um dia ter um sentimento superior (amor), temos que
primeiro nos observar e saber que tanto nossas fantasias na cabeça quanto os
nossos sentimentos no corpo não dependem de nossa vontade e sim dos
acontecimentos externos que podem ser mudados por qualquer fator simples. Num
momento gostamos de uma pessoa e no momento seguinte podemos passar a odiá-la. Esses sentimentos são puramente mecânicos e de um nível baixo de hidrogênio.
Fomos feitos para usar os hidrogênios superiores
porém o sentimento, por ser mais antigo, nos domina em situações de raiva e
fantasias sentimentais, pois confundimos o desejo de ter com o gostar. Quando
sentimos apego por um filho, neto ou parente, não devemos esquecer que este
tipo de sentimento é de hidrogênios inferiores e pode ser mudado a qualquer
momento. Observando o comportamento das pessoas, veremos que os sentimentos
mudam de acordo com os eus, mas algo se conserva prendendo as pessoas em
laços de sofrimento por fantasiarem que são obrigadas a gostar desta ou daquela
pessoa, esquecendo que existem outras milhares de pessoas que podem entrar em
contato conosco e termos exatamente o mesmo sentimento, não querendo dizer com
isso que gostamos mais desta ou daquela e sim que temos um tipo de sentimento
dentro de nós.
Ao fazermos carinho em alguém, devemos simplesmente
sentir, sem fantasiar, apenas observar e ver a satisfação daquele ato ou não,
sem nenhuma exigência. A partir daí o relacionamento entre
duas ou mais pessoas pode aumentar de nível pois não dependerá de fatores
externos para sua existência e sim de uma condição de compreensão que é o nível
de consciência. Quanto mais alto for o nível de consciência,
menos emoções negativas se manifestarão em sua vida.
Uma pessoa pode receber um tipo de influência no centro intelectual através de vozes de eus e não manifestá-la, fingir que ela não existe. Se isso não for observado jamais mudará. Nós devemos em nosso trabalho, separar o que nós sentimos daquilo que entendemos, pois procurar uma explicação para um sentimento não é possível, porque um centro não fala a mesma linguagem do outro. Vamos dizer que em nossa cabeça achamos que uma pessoa é nossa amiga pois, a muitos anos que a conhecemos e se criou uma história em torno daquele relacionamento. Isto não significa que temos um sentimento superior em relação a uma outra pessoa que conhecemos a poucos dias, pois o sentimento é muito complexo em seu funcionamento, e não depende somente de uma observação.
Uma pessoa pode receber um tipo de influência no centro intelectual através de vozes de eus e não manifestá-la, fingir que ela não existe. Se isso não for observado jamais mudará. Nós devemos em nosso trabalho, separar o que nós sentimos daquilo que entendemos, pois procurar uma explicação para um sentimento não é possível, porque um centro não fala a mesma linguagem do outro. Vamos dizer que em nossa cabeça achamos que uma pessoa é nossa amiga pois, a muitos anos que a conhecemos e se criou uma história em torno daquele relacionamento. Isto não significa que temos um sentimento superior em relação a uma outra pessoa que conhecemos a poucos dias, pois o sentimento é muito complexo em seu funcionamento, e não depende somente de uma observação.
Há três fatores iniciais no sentimento:
·
DESTINO:
este é um relacionamento anterior ao próprio nascimento, é como uma recordação
de um passado que não sabemos qual foi, mas que existe e isso nem sempre é
recíproco. Quando acontece de ser recíproco é por que há necessidade de continuidade de sentimentos independente das pessoas. Exatamente igual quando
existe um sentimento de animosidade. A animosidade são fatos que aconteceram
muito antes do nascimento, podendo ser até três a quatro encarnações anteriores. Por
esse motivo devemos combatê-la ferozmente para encerrar esta etapa da evolução.
Este é um dos motivos pelos quais Jesus disse : “Se amais os que vos amam, qual é a vossa
recompensa? Pois até os pecadores amam os que os amam. Se fizerdes o bem a
quem faz-lhe o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isto. E
se emprestais àqueles de quem esperas receber, qual é a tua recompensa ? Amai
porém os vossos inimigos.”
·
NORMALIDADE:
Normalmente, nós temos um sentimento de desconfiança para com a maioria das
pessoas. Ao conhecê-las ficamos com o pé atrás, esperando algo de
mal, até que a pessoa prove o contrário, se apresentando dentro daqueles
esquemas que chamamos de bom amigo, que nada mais é do que a exigência de que
a pessoa fique na linha para ter nossa amizade, o que é falso e
interesseiro, num nível baixo de sentimento. Esse tipo de sentimento é comum a
qualquer homem normal na consciência de sono desperto. Na verdade, quando se
tem uma “boa amizade” ao longo do tempo, significa que a pessoa possui os
mesmos defeitos da outra e que os admira e os conserva como se fossem boas
atitudes. Tem pessoas que por ter um sentimento irascível, também conhecidas
como rabugentas, acabam na velhice levando um cachorrinho para a praia, pois é
o único ser vivo que consegue aguentá-las, pois somente fica agradando,
obedecendo e esperando carinho na hora que ela quer dar. O cachorro é um animal
dos mais puxa sacos que existem na natureza, e quem gosta de cachorro gosta de
ter o saco puxado, pois mesmo apanhando vem com o rabo entre as pernas pedindo
mais carinho. Normalmente todos gostariam que os amigos fossem assim. Nós que
estamos trabalhando para o conhecimento desta máquina em relação ao tipo de
sentimento que temos devemos tomar muito cuidado, pois raramente temos algum tipo de sentimento superior. Devemos
portanto, imparcialmente, observar este sentimento que sai de uma mesma fonte e
um mesmo tipo de hidrogênio, tanto o que sentimos em relação aos parentes
próximos até os que discordam de nossa atitude, como patrões, vizinhos e etc.
A maioria dos nossos sentimentos é baseada no sentimento mesquinho de ficar
tudo bem. Um empregado bem pago, mesmo sendo mal tratado não se queixa de seu
patrão, mas sabe que não gosta dele e ao fingir está dormindo pois tudo está
acontecendo como se fosse chuva ou vento. Ao sentirmos uma atração, um desejo
de querer agradar alguém não devemos impedir, mas sentir o corpo, olhar a
pessoa e pensar: por quê sinto isso somente por essa pessoa, por quê por esse
outro não sinto o mesmo, e ao abraçar o outro, devemos também procurar fazer a
mesma pergunta. O toque físico é uma maneira eficaz de um equilíbrio
sentimental, por esse motivo, casais que possuem algum relacionamento íntimo e
ainda assim não possuem algo de sentimento mais elevado estão se masturbando
com o corpo do outro e não sentindo o corpo do companheiro ou da companheira.
Se cada vez que damos a mão a uma pessoa ou um abraço, dermos uma parada
interior e sentirmos o nosso corpo, passaremos a sentir o corpo da pessoa
também. Por esse motivo há sempre um toque leve de preocupação quando pessoas
de polos contrários se abraçam, pois as pessoas não procuram entender este tipo
puro de sentimento, podendo até se tornar ofensivo ou obrigatório nos casos
comuns.
Fruto de um esforço pessoal na direção da consciência,
é o HOMEM LADINO, que tanto pega a cobra pelo rabo como a pomba pelo pescoço, e triturará
os dois quando for necessário sem deixar a pomba voar ou a cobra picar. Isto
que dizer que: se eu souber que alguém não gosta de dar carona eu não vou pedir
carona, se eu souber que alguém gosta de fazer comida gostosa, eu peço para
alguém fazer comida gostosa. Não devemos exigir, com sentimento de nível baixo,
que as pessoas sejam iguais as melhores partes que nós temos.
No trabalho, aquilo que falamos devemos sentir e seguir, pois um dia nossa palavra estará dentro de uma força que o que dissermos poderá acontecer. Portanto, devemos treinar e observar, para ao falarmos, seguirmos o que foi dito, pois este também é um nível de consciência que o homem do trabalho deve alcançar, conhecido na vida comum como homem de palavra, mesmo que para este fim precisemos sacrificar até nossa própria vida.
Ao verificarmos que a mecanicidade da vida vem sorrateiramente, disfarçadamente nos atingindo, devemos combatê-la, contrariá-la para que os eus do trabalho se fortaleçam, ou para sermos capazes de diferenciar uma real necessidade de um ato mecânico. Como raramente pensamos, os frutos das vozes de nossa cabeça são acúmulos de pequenos sentimentos errados que constroem as personalidades diversas de nossos eus, e que nos retiram as possibilidades de um real sentimento. Sempre dizemos: gosto assim, sou assim, acho melhor assim, tudo isso não é fruto da consciência pois como nós sabemos, a consciência é sempre de um nível de compreensão que não gera dúvidas, nem contrariedades nas decisões que devemos tomar em nossa vida. Sempre é boa.
No trabalho, aquilo que falamos devemos sentir e seguir, pois um dia nossa palavra estará dentro de uma força que o que dissermos poderá acontecer. Portanto, devemos treinar e observar, para ao falarmos, seguirmos o que foi dito, pois este também é um nível de consciência que o homem do trabalho deve alcançar, conhecido na vida comum como homem de palavra, mesmo que para este fim precisemos sacrificar até nossa própria vida.
Ao verificarmos que a mecanicidade da vida vem sorrateiramente, disfarçadamente nos atingindo, devemos combatê-la, contrariá-la para que os eus do trabalho se fortaleçam, ou para sermos capazes de diferenciar uma real necessidade de um ato mecânico. Como raramente pensamos, os frutos das vozes de nossa cabeça são acúmulos de pequenos sentimentos errados que constroem as personalidades diversas de nossos eus, e que nos retiram as possibilidades de um real sentimento. Sempre dizemos: gosto assim, sou assim, acho melhor assim, tudo isso não é fruto da consciência pois como nós sabemos, a consciência é sempre de um nível de compreensão que não gera dúvidas, nem contrariedades nas decisões que devemos tomar em nossa vida. Sempre é boa.
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