De uma forma ou de outra, quando nós, que nos
esforçamos para manter o estado de alerta, consciência de Si (CS), nos encontramos, algo se
posiciona na observação de si (OS) e ficamos nos observando, assim como os companheiros ficam em
posicionamento de alerta. Mesmo que fiquemos distraídos por algum tempo
falando, rindo, brincando, algo fica por trás esperando alguma falha como
distração. Nesta situação de um grupo se reunir, por mais alerta que esteja, sempre alguma falha acontece, alguma coisa se esquece: não se vê o momento de
fazer algo, etc. Isto não significa que a pessoa esteja dormindo ou que seu
nível seja inferior ao do seu companheiro que está vendo o outro distraído,
pois logo em seguida esta situação pode trocar e quem estava bem alerta pode
também se distrair.
Numa reunião existe facilidade em manter o estado de
alerta. No trabalho manual já é mais difícil. Quando existe algum assunto que
se gosta é outra dificuldade e entre amigos e familiares também. O ambiente no qual vivemos
é o mais difícil de se manter alerta, principalmente se gostamos ou não gostamos. Todos estes
momentos tem altos e baixos e nos nivelam num determinado grau de evolução. Isto
funciona tanto para nós do Trabalho, como para pessoas que estão fora dele. A diferença está no fato de que as pessoas que
desconhecem o trabalho interior consideram o que pensam e sabem como a verdade
de sua vida e aqueles que estão no grupo de G. não aceitam o seu conhecimento,
gosto ou desgosto como algo que lhe pertença. Estão sabendo que tudo o que hoje lhe é maravilhoso, amanhã pode se
tornar horrível e que esta mudança só é possível, através de uma observação
constante durante a vida.
Os níveis de atenção possíveis variam também de acordo
com a necessidade. Uma pessoa diante do perigo fica num nível superior a outra
que está dentro do cinema vendo um filme. Enquanto o primeiro sabe que a sua
vida depende de sua atenção, o outro nem sabe que está vivo, está completamente
identificado com o filme, pipoca, etc. Em nosso caso, quando nos encontramos o
estado de atenção que temos que manter é o mesmo de uma pessoa em perigo.
Podemos classificar desse modo:
Níveis
7-
Morte eminente, participação num
desastre.
Treino
de movimento, momento de exercício coletivo. (STB)
6- Susto, apreensão de perigo
Exercício
individual ou coletivo fora do comum . (TB)
5-
Atenção de caçador. Soldado
policial, bandido ao executa algum ato sem perigo de vida.
Ex. individual comum
4- Barulho repentino, chamamento de
atenção por algum acontecimento não comum. (Burracheira)
Observação
de Si
3-
Reconhecimento de alguém na rua,
procura de alguma coisa perdida em público.
Lembrança
de si (sombreado)
2-
Estado de vigília comum, atenção
numa aula, reuniões sociais , etc.
Estado
de vigília comum
1-
Estado de identificação completa.
Briga, raiva, contrariedade, discussão. Plateias em geral (cinema, shows,
festas, reuniões familiares).
Sonolência
e sono
A partir do nível 3 é que se inicia algo que podemos
chamar de estar atento. E o T. de G. considera-se a partir no nível 4. Todas as pessoas possuem durante a vida a
oportunidade de armazenar energia para acordar e transformar o estado de
vigília em força de consciência, a diferença está em as pessoas comuns logo
após terem conseguido esta energia, jogarem- na fora, através das tensões
musculares, raiva, locubrações e fantasias na cabeça, voltando a estaca zero
como sempre estiveram.
Se o ápice da atenção é 10, também é o controle sobre as
emoções e movimentos seendo o mais baixo nível alcançando o mesmo número
para baixo, isto quer dizer: total descontrole das atitudes, também conhecido como desvario ou loucura momentânea. Uma pessoa que possui um centro
magnético e um tempo de trabalho não chega a este ponto, somente ao superior, e
toda a pessoa que for de um grupo e chegar a este ponto, todo o seu
esforço, que podem ser anos de trabalho, foram inúteis, para nada serviram. Uma pessoa
dessa está se enganando e tentando enganar os companheiros.
O nível que uma pessoa possui é visto nos momentos de
dificuldade e decisão na vida, com outras pessoas e coisas. As
dificuldades nem sempre são fáceis de se notar: para algumas pessoas são as
dificuldades emocionais pelos motivos diversos, outros a falsa moralidade, mas
todas tem algo em comum que é a direção que suas vidas segue em direção
contrária a da evolução do ser e o aumento da consciência.
Em nosso T. a acomodação é a estagnação dos esforços,
por isso o rumo dos exercícios e esforços sempre são mudados para termos a chance de conhecer vários aspectos de nossa máquina psicológica e
física.
Ao mesmo tempo em que uma pessoa fala e faz tudo num
determinado momento, nós não estamos vendo quando seus reais valores da vida
estão em jogo, nem poderemos saber quais são seus verdadeiros valores, pois é
aí que situa-se seu nível de ser e sabemos que pode estar situado no FDS que
não tem nada haver com a evolução do T. de G.
Existem dentro de nós esses valores e eles não
precisam se apresentar para mostrar sua força, muitas vezes aparecem apenas
alguns instantes e é o suficiente para mudar todo o rumo de anos de esforço que
a pessoa fez com o T. de G. Mas na verdade este esforço foi apenas
superficial, por trás o FDS comandava tudo.
Igual a um animal dormindo no escuro, quieto e
bonzinho mas, se despertar, pode nos devorar e fugir de nós, como também pode ser
um companheiro que nos ajudará a despertar. Se este dormir não significa que a
pessoa não esteja no T de G. e aquele que despertar também não significa que ficará
acordado. Pode ser que por uns pequenos segundos ele reconheceu sua própria situação
e qual era seu nível e acima de tudo o que ele valoriza na vida. Se quer ou
não evoluir com nossos trabalhos ou continuar na vida que sempre teve, a qual
não consideramos como evolutiva linear, mas geral.
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