Desde criança somos preenchidos de informações. Isso
começa em casa e depois vai pela vida afora. Essas informações formam a nossa
Personalidade e ela cresce a medida que os anos vão passando. Mas esse
aprendizado nada mais é do que um acúmulo de dados estereotipados, todos
mecânicos, e, dessa forma, automáticos. Quanto mais tempo, mais mecânicos,
chegando a um ponto que, para vivermos, basta colocar os dados um ao lado do
outro e, dessa forma, falamos, discutimos, trabalhamos, estudamos e vivemos
satisfeitos com os dados que nos foram passados e achamos que a nossa
compreensão é a única que vale, ou melhor, que existe. Tudo é decorado e
guardado e assim fica formada a Personalidade.
Essência é algo com que nascemos. Ela se desenvolve
com as nossas experiências durante a vida a medida que vamos encontrando
pequenas dificuldades e o conhecimento passa a ser algo que praticamos em
qualquer situação. O desenvolvimento da Essência se dá de acordo com nossas
práticas, desde comer e beber até reconhecer o perigo, do mais simples ao mais
complexo. Por isso o homem do campo ou da floresta tem a Essência mais
desenvolvida que o da cidade. Enquanto no campo, a simplicidade da vida deixa
transparecer a Essência até a idade mais avançada, na cidade, a criança
interrompe a evolução da Essência com 5 a 7 anos e, em muitos casos, com menos idade
ainda, chegando até o ponto de quase não ter nada de Essência dos 15 anos para cima.
Nos dois casos existe o desequilíbrio. O homem do campo precisa aumentar o
conhecimento da Personalidade e o homem urbano precisa deixar crescer sua
Essência. A Personalidade cresce com o corpo físico e a cabeça; a Essência, com
o corpo físico e o coração.
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