quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Quarto Caminho



Já sabemos que existem quatro linhas de evolução possíveis ao homem:
  • O primeiro do Yogue (meditação) é um trabalho sobre o Centro Intelectual, é onde o praticante abandona a vida normal e se dedica totalmente a um mestre que o ensinará a formar algo de valor dentro de si.
  • O caminho do Faquir é igual através do domínio e sofrimento do corpo.O discípulo também cria algo duradouro dentro de si e como o primeiro, para conseguir isto também tem que abandonar a vida normal.
  • O Monge, através de práticas de oração, reclusão e abstinência, também consegue adquirir uma força que também permanecerá como algo duradouro.
No caminho do yogue nada que existe na sociedade normal como carro, ônibus,dinheiro, tem importância; tudo isto é deixado de lado e o homem que procura o caminho ( salvação ) tem que deixar a sua própria vida para seguir seu mestre. Toda a sua atenção é dirigida ao Centro Intelectual e através desse esforço os outros centros não têm importância, mas ajudam como, por exemplo: para sentar e fazer um exercício mental seu corpo tem que ter saúde e estar funcionando normalmente caso contrário não, poderá exercer a meditação. Para fazer isso o yogue necessita criar e ter uma vontade para não abandonar o seu mestre,este esforço que também necessita dos 3 centros para ele conseguir seguir este caminho. 

O Faquir como se determina a trabalhar no Centro Instintivo necessita de um domínio sob o centro motor e também ter a determinação de ficar perto do seu mestre e para isso ter uma vontade. 

O Monge através de um trabalho no centro emocional necessita do Centro Intelectual para acreditar nas histórias dos santos e leituras bíblicas e outros livros e seu Centro Instintivo também necessita de saúde e equilíbrio nesses 3 centros para prosseguir o seu caminho. 

O homem que segue o 4C não tem que seguir nem abandonar nada para alcançar o seu objetivo e a todos os momentos ele pratica sem cessar , nem um instante suas práticas. Digamos que ao se levantar de manhã ele se recorda de si no mesmo momento em que abre seus olhos se recorda de que tem que sentir seu corpo. Ali se inicia sua prática, quando está escovando os dentes começa os exercícios e a observação de si e simultaneamente está percebendo seus parentes, como estão, se estão dormindo, perguntando as coisas normais da vida e etc...Nessa prática o mundo ao nosso redor faz parte de nossa prática, nada está desvinculado, tanto o que sentimos e observamos interiormente como, o que existe fora de nós. Nada está separado,nenhum movimento, nenhum assunto ou intenção, tudo  observado e trabalhado com afinco, onde tem que haver um equilíbrio entre no mínimo 3 centros , além de também se ter uma saúde para não interferir na observação. Digamos que estejamos conversando na roda de amigos sobre futebol, religião ou qualquer assunto. Se a pessoa estiver distraída e falando, tudo é mecânico, nada é aproveitável, não leva a nada. Usando apenas um centro. Podemos passar 2 horas falando economia e da bíblia se estivermos distraídos sem nos observar, estaremos dormindo.Qualquer movimento por menor que seja desde um simples bocejo até um riso devem ser observados, imparcialmente. Nós devemos estar dentro e fora de nós procurando a consciência de si, sempre em todos os momentos.Até isso que agora escrevo não devemos nos distrair e deixar ser absorvido pelo entusiasmo do assunto.  

O alerta é a base da prática, devemos sempre estar atentos com nós mesmos,para não sermos pegos pelas circunstâncias do momento. Isto é chance para a prática. O observado deve ser nós mesmos e tudo em nosso redor, Nada deve ser omitido, os movimentos, sons, vozes interiores, nossa intenção e a do outros, tudo. Nada deve escapar. Com isso adquiriremos uma consciência de si com isso a força de formar um corpo permanente em nosso ser.
(11/10/2000)

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