segunda-feira, 29 de julho de 2013

PERDA DE ENERGIA (Ou diminuição do nível de consciência )

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O motivo do homem não ter uma consciência superior, ou a própria consciência de si, é a maneira errada de comportamento e educação, e por não ter necessidade de usar essa Consciência em sua vida comum. Isto quer dizer que ele usa o mínimo para sua vida normal. A pessoa cresce, estuda, procria, etc. sempre usando o estado de C. de sono desperto, ou C. de sono, ou raramente, em certos momentos, a consciência de si.
A primeira e a mais fácil de notar é o uso excessivo de energia em tudo o que se faz, para mudar uma simples cadeira de lugar, se contrai antes de pegá-la, durante o transporte e depois continua contraindo toda a sua musculatura durante o seu dia a dia. Fica com os ombros, rosto, nádegas, braços, pernas, tudo em constante estado de contração. Em vez de usar esta energia para o desenvolvimento de sua atenção, joga-a fora sem necessidade. O homem se contrai, para olhar, para deitar, andar, etc. Energia que deveria armazenar para seu desenvolvimento interior.
A Segunda forma de jogar tudo fora é com as conversas interiores, para entender isto vamos verificar algumas das formas de "pensamentos" que temos dentro da cabeça, durante o dia e a noite, durante o sono. Sabemos que podemos ter imaginações, fantasias e pensamentos, que dividem em dois tipos um concreto que tem forma, como por exemplo, ao lembrarmos de alguém vemos seu rosto em nossa cabeça, ou alguma peça, como pintura, árvore, etc. O outro pensamento é o abstrato, que se apresenta como som, em vozes, músicas, ruídos, etc. Para qualquer ação exterior, raramente temos necessidade de conversarmos interiormente. Podemos dizer que o nosso Centro intelectual está dividido em três partes: uma de forma, uma de sons e uma de ação ( intelectual, motor e emocional ). E nessas ações temos uma maneira de usá-las como fantasia, quando tudo o que vem dela  tanto de dentro quanto de fora, como sons de palavras, não é real. A imaginação é o que pensamos e que pode vir a ser real ou que é real. Matemática, álgebra, desenhos, etc. Podemos chamar isto de raciocínio, não há necessidade de dar certo a ação, para ser um pensamento ou raciocínio.Só perdemos energia em fantasias. Para as outras formas de pensamentos, apenas usamos a energia que está acumulada.
A terceira e mais forte forma de perder energia, é o rancor e o ódio, que além de serem uma perda enorme de energia, ainda por cima gastam energia de partes do nosso corpo que nós precisamos para nossa saúde, provocando com isso doenças diversas.
A raiva vem através da emoção que chamamos de negativa e usa todos os centros, menos os superiores, em suas manifestações, desequilibrando o funcionamento da máquina como um todo. Ela só se manifesta quando estamos sem atenção em nós mesmos, e se inicia, então, a identificação com os acontecimentos externos, sejam eles quais forem. Aqui temos que ter uma atenção especial, pois aquilo que conhecemos como sendo "razão", é o que mais nos faz identificar. Temos sempre que lembrar que o mérito da razão não tem nenhum significado em nosso Trabalho, que tem como objetivo apenas a observação de si. A raiva chega disfarçada e aos poucos se manifesta com toda a sua força num determinado momento. Já o ódio, é um sentimento latente que se manifesta a longo prazo. Basta a pessoa lembrar para ele se manifestar, e no momento em que ele puder se manifestar, os sintomas podem ser quase imperceptíveis exteriormente, é um sentimento forte, contínuo e que sempre deixa na cabeça uma satisfação do erro que se comete, enquanto que na raiva pode-se notar um arrependimento depois do ato. A explosão de raiva tira uma grande parte de nossa energia de imediato. O ódio tira continuamente toda a possibilidade da pessoa acordar em nosso Trabalho de evolução interior.
O que fazer? Como? Quando?
O primeiro passo para armazenar energia é relaxar os músculos do corpo, não deixá-los tensos. Pois, neste momento alguma atenção já temos em nós mesmos no centro instintivo, que é a sensação.
O segundo passo, que deve ser simultâneo, é colocar o máximo de atenção no externo, ver o que está se passando fora do nosso corpo.
O terceiro passo é não deixar as emoções se manifestarem negativamente; no timbre de voz, nos nossos movimentos e ao falar nunca tentar ofender ninguém e adotar uma atitude intelectual dentro da lógica do momento, ou silenciar e aguardar um melhor momento para expor nossas idéias.
Isto é o início de uma observação de si ( Observação de Si ), pois a partir daí é que podemos ter a consciência de si (Consciência de Si ). Sem este início, nada se pode fazer para acordar do estado de sono em que nos encontramos.
Acúmulo de energia. Por que?
As sensações do corpo; sentimento, percepção, compreensão, enfim, tudo aquilo que precisamos. Para ter consciência, é necessário antes ter energia suficiente para aquilo que almejamos, uma evolução do ser como um todo, dentro do contexto orgânico.
Depois do relaxamento muscular intencional, observação nas conversas interiores, atenção no que se passa exteriormente através dos sentidos do centro instintivo, já que possuímos uma base para continuar.
Se imaginamos falsamente que nossa compreensão atual é certa, não temos chance de aumentá-la, pois, ninguém procura o que acha que já tem. E a compreensão sempre é no momento, dentro do nosso nível de ser, mas todos os homens acham que a sua compreensão é a certa e que a dos outros está errada. Não estou com isto querendo dizer que a compreensão de um determinado momento deva ser esquecida, ela deve ser guardada não como um fim, mas como algo que possuímos e que pode ser aumentado. Como uma moeda dentro de um cofrezinho, podemos colocar mais moedas, sem desvalorizar a primeira, mas também sem contar com ela para futura compreensão.
Se nos basearmos unicamente naquilo que já possuímos, fechamos a porta para um novo entendimento, nos limitamos. Ao nos depararmos com um novo tipo de fato interior ou exterior, devemos apenas guardá-lo, sem julgamento ou análise, e sempre desconfiar da primeira, segunda ou as respostas que nos chegam através do conhecimento que já possuímos. Então, entra um novo fator, a paciência de esperar sem julgar, aí entra o Tempo, que pode e trás novos fatos daquilo que percebemos. Uma decisão pode ser certa ou errada num determinado momento, em outro ela pode ser contrária.   Por que? Porque num determinado momento , podemos decidir e entender com um centro e uma determinada influência e depois pode ser outro centro e outros tipos de influência.

Nós não sabemos o porque dos acontecimentos internos e externos, mesmo que tenhamos o máximo de atenção. Pois existem fatores que os determinam, que estão fora da nossa compreensão, até do nosso tempo. Vou citar um exemplo da minha vida: Procuro a todo momento ficar em Observação de Si, isto é, com Consciência de Si estando sentado em minha escrivaninha, sempre atento, olho as flechas de índio que tenho e gosto, olho as minhas espadas japonesas e também gosto, intimamente gosto da cultura e da história árabe e respeito e tenho profunda curiosidade a respeito da raça negra da África. Por que? Será que as minhas observações darão a resposta sobre estes fatos inerentes em minha vida? Será que nos momentos de mais alta observação e consciência que consigo ter, vou ter as respostas para estes fatos? Pode ter certeza que não terei respostas para isto. Tive respostas para isto tudo, mas não foi baseado unicamente nos fatos dentro de meu nível de ser , foi fora e com uma energia e ajuda superior a minha. Eis o motivo que luto para armazenar ao máximo as minhas energias que a Observação de Si me proporciona. O preço desse esforço, não é tanto pelas respostas que nos vem, é necessário se desligar de nossas mecanicidades, como: "Eu sei, eu sou, eu posso, eu tenho", tudo isto deve ser deixado de lado e partirmos para uma nova fase de combate contra estas fraquezas, que nos roubam a chance de  "Eu quero mudar, não estou bem como sou, não possuo o que tenho direito como homem, de possuir. Vou lutar para conseguir." (2000) 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

HOMENS 6 e 7

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Já comentamos que existem 7 tipos de homens. Os 3 primeiros : motor, intelectual e emocional, são os normais dentro da sociedade e tudo o que vem deles nos leva a dormir (gostos, costumes, práticas...), até os locais que eles gostam de frequentar, desde as suas casas até seus lazeres.
O Homem número 4 tem um outro tipo de gosto e sua vida já está direcionada a um caminho evolutivo, isto é, ele quer e trabalha para acordar e guardar mais energia. Desde suas leituras até seus procedimentos diante da sociedade pode ser igual a dos 3 primeiros tipos, mas sua intenção real é acordar e para isso ele possui um centro magnético dentro de si. Seus gostos e costumes já são esmerados, refinados, já sabe escolher aquilo que o desperta. Seu trabalho interior é definido nesta direção, ele não é levado pelas circunstâncias externas. Pode até certo ponto deixar ser levado mas o seu interior já é definido. Desde os locais que frequenta por gostar até dentro de sua casa a disposição de tudo é para acordar, guardar energia. Enquanto o homem comum se diverte, brinca, canta, ri pela casualidade dos acontecimentos, o homem número 4 já não é mais atraído pelos fatores externos. Com isto podemos dizer que se algo o desgosta, como por exemplo um amigo que não lhe é bem visto pelos seus costumes, isto não o atinge pois ele não é levado pelo externo. Um homem número 4 pode até ter sentimentos negativos, mas estes sentimentos não o levarão a tomar nenhuma decisão em sua vida.
Devemos nos lembrar que as várias visões (mirações) que nos aparecem em circunstâncias especiais, não mostram o nível de ser que uma pessoa se encontra. Uma pessoa que pratica os exercícios inicia uma entrada a uma outra realidade aqui na Terra e fora dela. A sua aceitação do outro mundo o facilita a conhecê-lo, até usá-lo, mas seu nível de ser pode ser o mesmo de um homem comum. O Centro Magnético nada mais é do que a força que atrai um indivíduo ao Trabalho e o mantém nele. Digamos que duas pessoas podem ser atraídas para o trabalho, uma por ter curiosidade e medo da morte e outra por possuir um Centro magnético real. Enquanto o primeiro se mantém no Trabalho enquanto este o satisfaz socialmente ou naquilo que ele espera do Trabalho o outro é bem diferente,  quanto maiores os obstáculos que lhe aparecem mais o seu desejo se apresenta como vontade. O mundo externo já não é para ele um atrativo e sim um local  de evolução. Se ele está num campo de futebol torcendo pode ter certeza que os times de futebol que estão jogando não são dele.
Os outros dois são de um nível muito superior ao do número 4, digamos que seja não o dobro, mas 100 vezes mais do que ele, ou mais.
O homem número 5 já possui algo dentro de si. Ele está no mundo mas não pertence a ele, seus atos e gostos são desconhecidos de qualquer um que não seja do seu próprio nível. Suas observações são objetivas e com finalidade específica, além da geral. Como esse homem vive duas ou mais realidades além da conhecida pelo homem comum, tanto as pessoas como suas ações são para ele objetivo de observação e estudo para sua evolução para aqueles que querem chegar a ter algo forte e imutável dentro de si. Está à procura da imortalidade, ele quer ser um verdadeiro Homem.
Vivemos de momentos de atenção e distração, não podemos escapar disso, mas nós podemos nos dispor a ter mais momentos de atenção e trabalho sobre si mesmo e é através de nosso esforço pessoal que chegaremos a uma real evolução.
Algumas vezes não temos força para vencer as mecanicidades do mundo, então estes momentos já são conhecidos pelos homens superiores 5, 6 e 7, que os chamam de Momentos de Trevas. É quando por um destino fora do nosso controle, toda a situação exterior nos foge e só podemos esperar passar aquele momento que pode até durar dias, nada podemos fazer, nem com o que sentimos, nem com o que vemos, temos somente que esperar os acontecimentos que sempre serão favoráveis ao homem que está dentro do Trabalho, se observando implacavelmente.
Os homens que pertencem ao Círculo Interno da Humanidade 5, 6 e 7, jogam no mundo várias influências para aqueles que querem acordar, além de os acompanhar numa realidade diferente daquilo que conhecemos. O trabalho evolutivo humano na direção de algo superior, requer um esforço sempre acima de nossa própria capacidade e é através da vontade de uma outra pessoa que já ultrapassou as fraquezas do dormir é que conseguiremos um dia acordar e sermos homens de equilíbrio.
Não há caminho que exija primeiro a obediência e quanto mais for ela mais perto estaremos de sermos superior a aquilo que hoje somos.
Num determinado momento qualquer pessoa obedece, faz até loucuras se for preciso, não é este tipo de obediência que o Trabalho exige e sim a constância nos seus deveres, no seu Trabalho e acima de tudo em seu objetivo e na meta de quem o dirige. O resto é perdição. Qualquer pessoa pode ficar horas, até dias se divertindo num estádio, no carnaval e dizer que não cansou e sair todo satisfeito, pois a mecanicidade atrai forças externas que recarregam nossas baterias para que cedamos mais para fora de nosso próprio corpo.
O homem 4 perde menos energia do que o homem comum, o homem 5 quase não perde e o 6 e 7 só ganham em tudo e qualquer situação externa da vida, pois a força e a energia vem da Luz que vem de Deus.

(04/10/2000) 

sexta-feira, 12 de julho de 2013

O TRABALHO SOBRE SI

                                        
Acreditar que aquilo que somos é a única coisa que existe em nós é um "sonho" ; é não aceitar a realidade. O que somos como ser é muito mais do que somos como gente. Quero dizer que o homem mecânico, trabalhador , com gostos e desgostos, é uma infinita parte do que ele pode vir a ser um dia: uma pessoa equilibrada consciente. Digamos que estamos conversando com alguém, ou com algumas pessoas, rindo, brincando, ou discutindo sobre futebol, política ou outra coisa qualquer e de repente lembramos de nós mesmos. Imediatamente relaxamos a parte do nosso corpo que está tensa, continuamos a conversar, e nesse momento passamos a observar as pessoas, o assunto, tudo o que está fora e dentro de nós, olhamos nossos "pensamentos" e observamos o que aquilo nos faz sentir, quais as reações que temos, qual assunto nos atinge, com o que somos identificados, qual a parte do nosso corpo que teima em se contrair, qual o timbre de nossa voz, qual a parte de nós que se interessa pelo assunto, qual a posição que nosso corpo quer tomar, se falamos levados por interesse ou não, quem dentro de nós quer falar sobre aquele assunto. Neste ponto se mantivermos esta atenção tudo dentro de nós muda, e também fora de nós. E aquele que está observando está guardando energia que se transformará em consciência.
Acumulando nossa possibilidade de compreensão sobre tudo o que está se passando a nossa volta, passamos a ser um observador acima da montanha olhando tudo em nosso redor sem se identificar, sem raiva, sem rancor, contrações musculares, etc...Toda a energia do momento está a nossa mercê e neste momento estamos sob menor lei, estamos mais perto de algo superior. Estamos fazendo o nosso verdadeiro destino, estamos dentro do corpo com suas funções ( centros ), mas não somos nem as funções nem os centros, somos o observador imparcial sem lado, sem defender nada daquilo que temos dentro de nós. Os EUS que estão atuando estão sendo observados então vão se enfraquecendo e nós nos fortalecendo a cada instante. Passamos a ter a chance de nos tornarmos homens equilibrados pois na observação somos o fiel da balança. Estaremos no centro do palco da vida, e seremos também uma pessoa que atua e ao mesmo tempo assiste os acontecimentos tanto das pessoas como aquilo que acontece dentro e fora de nós. Nesta situação de observação eliminamos a metade das leis que vivemos no mundo normal ( físico ) e passamos a ficar debaixo de outras leis. Não devemos nos esquecer que no exato momento de não observação ( distração ) voltamos a cair e ficar sobre o dobro de leis como todas as pessoas, a lei do acidente, tudo nos acontece, inclusive nossos sentimentos, ações, etc... Nós temos três casos distintos de atitude de observação que podemos chamar de 1º, 2º  e 3º grau.
Na Observação de Si de 1º grau é quando estivermos sozinhos  tanto perto de pessoas como sem ninguém ao nosso lado, pois as duas situações podemos classificá-las como sozinhas (no momento que estivermos perto de pessoas  que não trabalham sobre si é como se estivermos perto de ninguém). Se estivermos em Observação de Si  nesta situação fazemos o exercício do dia e outros. Em cada situação ou posição exercitamos o mais conveniente além do obrigatório.
Na Observação de Si de 2º grau é quando estamos com um ou mais companheiros de trabalho e uma ou mais pessoas que vivem sem esforço interior nenhum de auto-observação. Nesta situação devemos sempre praticar a consideração externa e não procurar com atitudes ou gestos tentar acordá-la e nem fazê-la dormir mais; apenas agimos normalmente, com conversas agradáveis, piadas, etc... sem perder o objetivo da atenção interior. Temos que agir o mais discreto possível, e em certas situações até ficar contraídos com o rosto propositadamente.
Na Observação de Si de 3º grau é quando não há ninguém que não esteja no trabalho , isto é , todos são do trabalho e estão com o mesmo objetivo. Podemos até chamar de campo de batalha, ou cadinho.  O objetivo deve ser comum: acordar e permanecer neste estado o maior tempo possível. Nada que faça se distrair se deve permitir entre os praticantes. E podemos estar em diversas situações que chamamos de A, B e C.
A) É quando o grupo está sem obrigação imediata de trabalho, e estamos conversando. Nesta situação devemos ter um assunto que se desenvolva naturalmente com as idéias do trabalho. Não se deve procurar se distrair. Podemos conversar sobre tudo e todas as coisas que quisermos, mas sempre com o objetivo de estarmos atentos e aumentar nossa compreensão sobre o trabalho.
B) É quando um ou mais estão fazendo um serviço comum e outro(s) não estão fazendo. Quem estiver fazendo deve procurar fazer o mais perfeito possível e quem não estiver participando deve observar ao máximo o companheiro e mostrar possíveis falhas em sua obrigação, de maneira atenta e objetiva, nunca somente de opinião pessoal. Sempre dentro de uma lógica e razão, ajudando em algo e não atrasando ou atrapalhando.
C) É quando  todos estiverem trabalhando ( domingueira, sabadeira, mutirão, etc... ) Deixar de lado todas as fraquezas e preguiças de amizades mecânicas, distrações , brincadeiras, etc. Nada deve ser feito sem o objetivo de acordar o companheiro e manter a atenção sobre si.
Ao partir para uma reunião de grupo objetivar que a reunião se inicia no momento da decisão que se toma de participar dela. Qualquer coisa que atrapalhe cumprir o horário deve ser observado porque acontece e perguntar a si mesmo: Porquê Comigo? No que falhei? Porquê o destino fez isso comigo? etc... E em cima disso se preparar para ter a liberdade de poder fazer o que quer com o seu próprio destino pois a maioria das coisas que nos acontecem, não somos nós que queremos.
A pessoa que está no Trabalho tem que procurar uma condição de poder fazer algo para si mesmo e avaliar a importância deste ato. Nada é acidental em nossa vida, tudo tem um motivo mecânico e automático para nos levar a dormir. Somente os nossos atos objetivos e programados do Trabalho nos dão a possibilidade de acordar e ter um destino verdadeiro que o homem merece, além daquilo que ele recebe na vida comum.
Encontramos 3 barreiras difíceis no Trabalho:
  • A primeira é encontrar alguém acordado que queira nos acordar, para isso temos que querer acordar.
  • A segunda é prosseguir quando forças externas nos tiram da meta de acordar quando estamos nessa escola com este fim. Que pode ser necessidade de dinheiro, farra, comodismo na vida...
  • A terceira é quando adquirimos um pouco de equilíbrio e vemos os outros dormindo e achamos que já temos  o suficiente para prosseguir sozinho. Este é o mais forte de todos pois tira a possibilidade da pessoa alcançar a imortalidade.

(06 de Julho de 2000) 

TIPOS DE HOMENS

 
Em nosso Trabalho temos sete tipos de homens e com isso também o seu nível de evolução, ou seja, sua situação na Terra. De uma maneira geral  as pessoas que conhecemos no dia a dia são um tipo de 1, 2 ou 3. Dificilmente são os tipos 4, 5, 6 ou 7.
Primeiro vamos falar sobre o homem número 1 seu centro de gravidade situa-se no centro motor, queremos dizer que em sua vida tudo gira em torno de movimentos e para ele isto é o mais importante. Sua mecanicidade e seu sono estão situados nos movimentos e repetições de fatos relativos a decorar frases e assuntos; também o seu centro instintivo é o que o conduz na vida. O mais importante para esse homem é a aventura, o esporte, a dança e frases estereotipadas. A vida para ele é comer, beber se movimentar e repetir constantemente fatos. Até sexualmente ele mecaniza e decora fatos que viu e decorou e engana a si mesmo se satisfazendo com repetições no dia a dia; ele é puramente motor, ao falar, ao comer, dançar, etc... Não há novidade em sua   vida, tudo é repetitivo e mecânico até a sua maneira de dormir e viver.
O homem número 2 é emocional. tudo é emoção, não gosta de ginástica nem de esforço físico, só gosta de sentir emoções e tudo para ele é sofrimento ou  alegria, tudo de forma mecânica  e casual. Uma hora gosta de uma pessoa, no momento seguinte de outra, num determinado momento está apaixonado e no outro odeia e despreza. Num momento fala bonito e diz poesias fantásticas e no momento seguinte vocifera e diz palavrões. Seu sentimento é quem conduz sua vida. Anda cegamente sentindo em si a menor partícula de uma emoção e tudo para ele é buscar emoções Para poder viver delas, sem contudo, se esforçar fisicamente. Seu sexo é para buscar novidade e se diz apaixonado por qualquer pessoa ou ato.
O homem número 3 é o intelectual, sua cabeça é o centro de sua vida. Vive na fantasia e imaginação, para fazer qualquer pequena coisa, pára e julga que está pensando; fica conjeturando e lendo, vive dos livros e fantasia seus conhecimentos achando que é o que escreve ou lê. Quando lê aventuras, é um aventureiro; quando lê um romance, sofre; acha que sabe tudo e tem resposta para tudo, mas na prática é zero. Nada consegue fazer a não ser escrever ou ler, isso quando não fica olhando as coisas e imaginando fantasias. Não consegue nem lavar nem limpar nada . Não possui iniciativa para nada, tudo que faz é se mexer de um lado para o outro, esperando que as coisas aconteçam. E fica julgando a todos com seu ponto de vista achando que só está certo o que ele sabe. A sua mulher tem que ser bonita, não precisa gostar dele, basta ser bonita e quando aparece outra melhor, ele troca, se não der trabalho. E para a mulher é o homem mais lógico em seus sentimentos, trabalhador, correto, etc... Se falarmos de profissão, o braçal ( dançarino) é o número 1; o intelectual é o vendedor, escritor, cientista, matemático, etc... e o emocional é o ator, poeta, cantor. Para cada um existe uma forma mecânica de existência, os 3 estão dormindo e satisfeitos com seu sono. Nenhum deles está acima de um ou outro, estão iguais na escala da evolução.
O homem número 4 não é fruto da educação, nem da sociedade e nem religioso comum. Ele é um produto de um esforço  sobre si mesmo. Ele possui algo dentro de si que o conduz a uma direção de evolução, não é um homem mecânico. Antes ele foi 1, 2 ou 3 mas algo dentro de si o fez procurar o Quarto Caminho ou uma Escola Espiritual ( Faquir, Yoga, Monge ). Fora disso ele é um desses tipos acima citados. Por mais livros que uma pessoa tenha lido, por mais rígida que seja sua regra de vida, ele não passa de um homem comum, ou seja, tudo lhe acontece. A sua vida é de medo, fraqueza e nada mais. Se faz fofoca, continuará fofoqueiro; se é vegetariano, continuará comendo vegetais, como um coelho sem nada saber ou sentir. Já o homem número 4 estará sempre atento e fazendo algo para conhecer a si próprio, nunca acreditará em si mesmo, sempre estará se observando e percebendo o que acontece em seu redor. é um homem atento, as coisas podem lhe acontecer, tudo pode desabar ao seu redor que permanecerá o mesmo atento e equilibrado. Não vive de imaginação nem de fantasia, vive perto da realidade, da existência, já possui um centro magnético. Tem uma direção na vida que não confunde com religião. O homem número 4 pode ser católico, judeu, muçulmano ou do candomblé, isto não importa em sua vida o seu objetivo é se conhecer e trabalhar sobre si mesmo para evoluir no  mundo e até dentro de sua própria religião. Conhece suas fraquezas e já luta para vencê-las. Podemos até falar que ele é um homem equilibrado.
Vamos dar o seguinte exemplo: um homem número 1 provocado para uma briga parte para o tapa sem se controlar e se tiver uma arma parte para matar seu semelhante. Age com o corpo físico.. O homem número dois na mesma situação ficará descontrolado e fará a mesma coisa mesmo sendo mais fraco; enfrentará o perigo se expondo sem pensar e sentirá prazer em ver o outro sofrendo. O homem número 3 não brigará no momento, mas pensará num jeito de se vingar ou uma forma de causar traição por meio de vingança. Não sentirá emoção nenhuma, mas satisfação pelo mal que causará no outro. O homem número 4 dificilmente perderá  o controle de si mesmo  e pode até agir violentamente, mas  controlará todos os seus atos e se matar pode ter certeza que foi necessário para sua própria defesa, nunca pode ser levado pela emoção, pela força ou pelo ato de vingança, ele já não é do círculo comum da humanidade, já está dando o primeiro passo para o círculo interno da humanidade. A sua vida já não lhe importa mais dentro da sociedade, o que importa é sua evolução e o seu equilíbrio. Já não é mais atingido pela vaidade, ódio, raiva, orgulho e etc. É um homem equilibrado. Já é aprendiz de feiticeiro, já consegue ver alguma coisa daquilo que um dia poderá ser sua vida que é outra realidade, não a conhecida. O homem número 4 está formando seu segundo corpo que é ainda um embrião de consciência e sua vida já tem momentos de consciência de si, às vezes pode até se distrair, esquecer, mas seu centro é equilibrado. Seu dia a dia é fruto de um esforço pessoal e de atenção. Seu corpo é seu veículo, ele já não é seu corpo físico. Já o homem número 5 já possui Consciência de Si e o 2o  corpo, sua existência não tem paralelo das fraquezas comuns. Só poderá conhecê-lo quem estiver ou for número 4, que perceberá nele o que lhe falta. Nós podemos ver abaixo de nós e um pouco acima não mais. Dentro da realidade em que vivemos, este homem já não sonha, pode até viver no mundo do sonho como vive aqui ou em outros mundos e outras realidades não conhecidas. Para o mundo é apenas um homem , com sua vida comum, para aquele que busca um mestre, alguém que sabe o caminho do despertar.
O homem número 6 pouco sabemos dele pois sua vida pouco dá para ser percebida de uma diferença do homem comum. Somente nos planos espirituais
mais elevados.
O homem número 7 é o perfeito, dentro da evolução humana.

(2o Semestre / 2000) 

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Lembrança de Si

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Temos que saber a diferença na percepção de Lembrança de Si e Observação de Si . Ao estarmos distraídos no dia a dia, podemos repentinamente nos darmos conta de nós mesmos. Ao acontecer isto, devemos permanecer um tempo sem interferir no sistema de sensação. Por exemplo ao lembrar de si, flagramos os ombros tensos e imediatamente passamos a sentir o resto do corpo; os sons exteriores passam a ser definidos, etc. Após isto, entramos no processo de Observação de Si, dirigimos nossa atenção para um determinado ponto, vamos dizer que estamos conversando com alguém ou vendo um filme, ao colocarmos a atenção em nós mesmos e fora de nós, percebemos que o assunto da conversa ou o tema do filme nos identifica, mas que se nos esforçamos em manter a atenção em nós mesmos, esta identificação se torna atenção. Na conversa com outra pessoa passamos a ter um controle sobre as nossas emoções e pontos de vista, que são uma coisa mecânica e inútil, no nosso caso.
Para nós tanto faz ter razão ou não, o que interessa é o nível da atenção que estamos desenvolvendo. Somente isto poderá nos trazer algum benefício. Por isto continuamos a manter nossa atenção tanto em nosso corpo quanto no tema ou assunto. Se fizermos isto, um leque se abre e algo dentro de nós se separa tanto do assunto quanto da própria sensação e passa a ter um local independente dentro de nós. Passamos a ser o observador do mundo em que vivemos, incluindo nosso corpo com o que lhe pertence.
Qualquer fato externo que nos prenda está roubando energia que precisamos para nosso desenvolvimento. Somente assim não será, se este fato é feito proposital, premeditado e acima de tudo, tendo como base inicial o relaxamento e controle do nosso corpo e observações de nossas funções. O mundo externo é o alimento que precisamos para nossa evolução que vai depender de como o recebemos, se atento ou distraído. Todas as sensações do nosso corpo são para nos manter um contato nosso interior com o mundo exterior material. O resultado de um longo tempo desse esforço nos abre a janela de uma percepção superior sobre os mundos interior, exterior e a fusão desses dois que podemos chamar de mundo espiritual.
A vastidão de dados que podemos obter, tanto com ajuda externa como do nosso nível de percepção, depende da energia que conseguimos acumular, assim como da disposição de aceitar o que se passa fora do nosso controle, tanto no tempo como em nosso interior e fora de nós. E muitas das coisas que acontecem não são como queremos e sim como devem ser. Mas nem tudo é assim, aquilo que observamos dentro de nós pode ser como queremos se ficarmos atentos aos fatos que nos deparamos na vida. O número de vezes que Lembramos de si é o mesmo da chance que temos de acordar e passar a nos observarmos e só interferir a nosso favor quando for necessário para o nosso bem.
Aí pergunto o que é para nosso bem? O que precisamos? Para o nosso bem precisamos ter o máximo de tempo em atenção, isto é, de Observação de Si e precisamos nos desligar de tudo que nos faz dormir, isto é, tudo que não temos força de nos mantermos em Observação de Si . Nada do que fazemos identificados, distraídos, dormindo é útil para nós. A riqueza deve ser acumulada dentro de nós através desse caminho de luta interior que não é fácil, mas também não é impossível. A impossibilidade começa quando achamos que aquilo que defendemos na linha horizontal de nossa vida comum é o certo e deixamos de lado a  Observação de Si e com ela a espera do momento certo da ação consciente e até objetiva. 

(2000) 

Jovens

                                
Existem 5 tipos de jovens basicamente nos dias de hoje:
É o tipo de jovem que vive para estética, sexo e beleza. São os que marombam, fazem ginástica em Academia para mostrar o corpo, tomam bomba e vivem da exibição do seu próprio corpo como também para exibir suas namoradas para seus companheiros, sacrificando seus próprios sentimentos, e vão lutando contra a velhice que cedo ou tarde chegará mas eles não admitiram em hipótese alguma. “Sou mais forte ! Ninguém me vence! Sou mais belo! Olha como elas me olham! “É o que pensam, São os emplumadinhos, mostram apenas as penas como frangos que serão comidos com o tempo. Não devemos esquecer que também existem pessoas acima de 40 que são da mesma forma, ficam exibindo as pelancas como se fossem jovens , tentando competir com os jovens. Os homens com seus shorts e a s mulheres com seus balangandans  e suas pinturas exageradas.
“Quero outro mundo! Sou corajoso! Vou viajar com R$10,00! Uma fumadinha ( Kaya )  e já não tenho mais fome! Ninguém está vendo nada, só eu vejo tudo!”É o que pensam. Vão ao bar e aos botecos beber uma cervejinha, uma batida de limão ou um copo de uísque. Fugindo da realidade procuram como Peru de Natal um meio de ficar tonto com os olhos vermelhos ficam falando de futebol, filmes ou mulheres e se acham intelectuais porque leram Trotsky, Kant ou outros. Acham que são felizes até o dia seguinte quando vem a ressaca. Também tem os mais velhos que com suas barriguinhas e pernas  ficam escarrapachados nos bares bebendo até altas horas se achando o dono do mundo falando de política e futebol também; depois vão para casa cansados e tontos e caem na cama até o dia seguinte , quando acordam com ressaca para ir ao trabalho aos tropeções.
Revoltados. São aqueles que indo contra tudo o que está arrumado. Picham muro como quem defeca nas paredes. Aceitam qualquer  ideologia contra a estabelecida. Gritam em passeatas defendendo gays, Aids, menor carente etc...., Até abraçam a violência e racismo.Treinam luta para brigar contra os mais fracos. A sua revolta  é contra si mesmo pois fortalecem o corpo para o destruir depois. É como seus companheiros revoltados que dormem para não enfrentar o mundo levantando tarde e saem a rua achando o mundo cruel e que está contra ele. Também esses são aqueles mais velhos que não tem trabalho fixo, fazem bico a vida toda para se sustentar e passam a maior parte do tempo jogando nas pracinhas e indo à praia, sempre passando necessidade financeira e precisando da ajuda de alguém.
Conformados. “Sim papai! Já tomei banho para comer. Já escovei os dentes para dormir. Vou à festinha da Terezinha, que presente levarei?” São aqueles que como computador são massificados para seguirem o sistema e serem automatizados a casar com a mocinha bonitinha e “direita” filha de uma boa família. A mulherzinha grávida indo ao teatro toda arrumadinha, o quartinha azul esperando o bebê e a empregada para cuidar do seu futuro filho. “Vamos ver TV!” Fim de semana na casa dos pais e férias em Búzios. Como a sociedade pede que eles não tenham barriga, isso os preocupa muito. Procurando uma academia de ginástica e correndo na praia procuram manter a forma física para apresentar ao público. Temos também aqueles que abandonam o próprio corpo se empanturrando com tudo o que vê pela frente no churrasquinho de fim de semana e jogando tênis com os amigos , com uma latinha de cerveja do lado e rindo de piadas sem graça, agradando uns aos outros com uma falsa modéstia, sempre com um sorriso nos lábios até acabar o dia.  A sogra vai dormir de um lado, a mulherzinha do outro lado e assim termina mais um fim de semana.
É aquele que não aceita o que a vida lhe dá como educação e sistema de comportamento. Vêem seus pais como mau exemplo na bebida, comilança e sexo. A família cada um do seu lado não vê a sua existência. A mãe pede algo, o pai outra coisa, a escola também e assim sucessivamente ; de todos os lados uma exigência da vida. Vão do comportamento a maneira de se vestir. Então saem à procura de espiritualismo. Se estiverem sorte de escapar dos charlatões e acharem algo que mostre alguma realidade do mundo espiritual e não se fanatizarem com “religiões”, poderão um dia achar algo que os conduzam a um caminho verdadeiro sem serem levados pela fantasia que existem nas tvs e na rua.
Quais são os Caminhos Verdadeiros? São aqueles que poderão criar algo dentro do homem, como consciência e com isso uma alma. E para isso é necessário um esforço que dificilmente eles terão, como para seguir o Caminho do Faquir, Yogue ou Monge. A única chance é se persistirem no Quarto Caminho que é o que seguimos.
(15/11/2000)